sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Comissão rejeita nova regra para reajuste do piso nacional de professores

A Comissão de Finanças e Tributação rejeitou nesta quarta-feira (23) o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 3776/08, do Executivo, que estabelece nova regra para o reajuste do piso salarial nacional dos professores da educação básica da rede pública. Atualmente, o piso é de R$ 1.187,97 por mês, para 40 horas semanais.

Conforme o substitutivo, além de garantir o aumento decorrente do percentual de crescimento da receita do FUNDEB, o reajuste anual não poderá ser inferior à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior. O substitutivo também altera o mês para a concessão do reajuste, que passa de janeiro para maio.

O relator na comissão, deputado José Guimarães (PT-CE), votou pela incompatibilidade e inadequação financeira do substitutivo do Senado. Ele argumentou que o reajuste proposto pela casa revisora deixa de considerar a capacidade financeira dos entes da Federação.

A nova regra proposta pelo Senado pode fazer com que a União tenha que assumir o ônus de complementar a parte do FUNDEB nos casos em que os entes federativos não tenham disponibilidade orçamentária para cumprir o valor fixado”, argumenta Guimarães.

O relator afirma ainda que o substitutivo está em conflito com o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF - 101/00), por deixar de estimar o impacto orçamentário e de demonstrar a origem dos recursos para o seu custeio.

Guimarães defendeu o texto aprovado anteriormente pela Câmara, que vincula o reajuste apenas à variação acumulada do INPC nos últimos 12 meses.

Tramitação


A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e depois segue para o Plenário.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Marcelo Westphalem

Fonte: A
gência Câmara de Notícias

Esta é a versão oficial da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados Federal, os grifos são meus.

Os professores, sues sindicatos e mais a CNTE precisam acompanhar a tramitação da proposta e exercer pressão sobre os deputados federais.

Marcelo Carvalho

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