quinta-feira, 30 de junho de 2011

Lambança na/da SEDUC

Erro na lotação provoca prejuízos e transtornos a professor lotado na Sala de Informática Educativa. O interessante é que estes erros sempre acontecem em desfavor dos professores lotados nos espaços pedagógicos, cabe perguntar: é erro mesmo?

Veja o relato do professor, que por questões de preservação da fonte, omitirei o nome e a escola:

Este é o meu primeiro ano no LABIN. Fiquei surpresa quando olhei o meu contracheque na internet. Para a minha surpresa, eu não estou recebendo a gratificação GEP referente a minha carga horária do LABIN e ainda estou devolvendo os valores correspondentes aos meses de abril e maio. Fiquei assustada, pois a portaria de lotação é clara quando diz que ficaremos em espaços pedagógicos com "as vantagens do magistério". A gratificação GEP é uma das vantagens do magistério. Recebemos R$1,34 por hora aula. (Não é muito, mas multiplicado por 150 horas me fez uma grande falta neste mês). É uma gratificação própria de regência. Mas a nossa lotação é considerada regência, pois temos contato com os alunos, fazemos projetos com os professores etc. Eu, depois que assumi o LABIN, ao contrário do que muitos professores pensam: que nós ficamos dormindo no Laboratório, trago é muito trabalho para casa!

 Bem, voltando ao mistério do desconto. O que fiz? parti para a SEDUC e fui descobrir o nó da questão. Argumentei tudo o que já escrevi a vocês e descobri que eu estava lotada no código errado. Eu estava lotada no código 1027 que é o Informática Educativa - Administrativo, quando eu deveria estar lotada no 1708 que é o Laboratório de Informática - Magistério. Por essa razão eu não recebi GEP. Consertei a minha situação. Acredito que em alguns casos a SEDUC vai fazer a correção, agora que descobriu que estava equivocada. Estou escrevendo a vocês para que observem a lotação. Como eu já disse é R$ 1,34 por hora aula. É uma gratificação federal e não há nenhum desconto sobre ela. Espero que o que aconteceu comigo não esteja acontecendo com vocês. Mas se o mesmo estiver ocorrendo, dirijam-se à CODES/SEDUC para retificação da lotação e consequentemente o pagamento da referida gratificação.
Se puderem, avisem outros colegas lotados em Laboratórios de Informática.

Comentário do blogueiro:

A SEDUC/CODES está recorrente em não cumprir o que foi estabelecido na portaria de lotação que foi elaborada, na atual gestão, vide o caso das horas atividades que ninguém viu, ninguém sabe!


Marcelo Carvalho

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Frase do dia

Cadê o leitor?

Não tenho queixas quanto à visualização do blog, mas estranho o seu silêncio, caro leitor. 

Alguma crítica? Sugestão? 

 
Post do excelente blog "na mira do leitor", mas que bem serviria para outros tantos blogs, inclusive o meu.

Marcelo Carvalho

terça-feira, 28 de junho de 2011

Blog por uma causa

Pesquisa traça perfil dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativa em Santarém



O Programa de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes em Instituições Assistenciais e Judiciais do Estado do Pará (Pró-DCA), coordenado pelo Instituto Universidade Popular (Unipop) e financiado pela União Europeia, apresenta nesta sexta-feira, 1º, em Santarém, o resultado de uma pesquisa que mapeou o perfil dos adolescentes que cometeram atos infracionais e cumprem medidas socioeducativas no município.

A apresentação dos dados será feita pelo coordenador do Pró-DCA, Max Costa, durante o “Seminário Regional Adolescentes - Direitos em  risco: um olhar sobre o atendimento socioeducativo no município de Santarém”, que acontece neste dia 1º, das 15 às 18 horas, no auditório da Faculdade Integrada do Tapajós (FIT).

Além dele, foram convidados para o evento a juíza Josineide Medeiros, da Vara da Infância e da Juventude, a secretária municipal de Trabalho e Assistência Social, Ana Elvira Teixeira, o promotor da Infância e da Juventude do Ministério Público do Estado, Mauro Moraes, a gerente do Centro Socioeducativo do Baixo Amazonas (Ceseba), Alcidea Teixeira e a mestra em Serviço Social, Jandira Silva.

Pesquisa – De acordo com os dados da pesquisa que serão divulgados, 33% dos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em Santarém são reincidentes e quase 60% revelaram envolvimento com drogas. Entre os entrevistados, 100% sequer concluíram o ensino fundamental e 78% não têm conhecimento de seus direitos. A pesquisa mostrou, ainda, que dentre os atos infracionais destacados na pesquisa, aparecem assalto/roubo (55%), tentativa de homicídio (22%) e latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte (11%).


Segundo Max Costa, a pesquisa apontou ainda que no Estado do Pará, incluindo em Santarém, nenhuma unidade de atendimento socioeducativo atende aos parâmetros do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), que normatiza o cumprimento de medidas socioeducativas no país. “É preciso que a sociedade civil se mobilize e pressione o poder público, para que os adolescentes sejam vistos como sujeitos de direitos, como estabelece o Sinase”, afirma.

A pesquisa ouviu 20% do universo dos meninos e meninas que estão internados ou em semiliberdade em Santarém, no período de outubro de 2010 a março de 2011. Além deles, foram entrevistados os familiares dos adolescentes e os servidores e gerentes das unidades de atendimento socioeducativo. A pesquisa analisou, ainda, o prontuário dos jovens e foram preenchidos roteiros de observação sobre a estrutura dos espaços onde os adolescentes cumprem a medida.



O Pró-DCA é uma iniciativa que pretende contribuir para a garantia de direitos e enfrentamento a todas as formas de violência contra crianças e adolescentes no Brasil. A partir dele, a Unipop deseja fortalecer a cooperação e a articulação entre organizações da sociedade civil, comunidades e órgãos públicos do Estado do Pará, para a efetivação do Sistema de Garantia de Direitos e redução de todas as formas de violência contra crianças e adolescentes, sobretudo, das que estão sob a tutela do poder público.



Coordenado pela Unipop, o Pró-DCA é financiado pela União Européia e Christian Aid e conta com a parceria da SDDH, Sódireitos, Movimento República de Emaús, Cedeca/Emaús, Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente no Pará (Cedca), Fórum DCA e Famcos.



Serviço:
Assunto: Seminário Regional “Adolescentes – direitos em risco: Um Olhar sobre o Atendimento Socioeducativo no Município de Santarém”


Local: Auditório da Faculdade Integradas do Tapajós (FIT), localizada na Rua Rosa Vermelha, Nº 335, bairro Aeroporto Velho, Santarém


Contato: Max André – (91) 8125-8836/ 87121393/ (93) 3524-5110 – escritório da Unipop em Santarém


Assessoria de Comunicação: Edna Nunes – (91) 8827-6531

Texto: Edna Nunes

Reciclagem: um bom negócio

S0BRA LIXO E FALTA ENERGIA ELÉTRICA:

O PROBLEMA PODE SER A SOLUÇÃO
Sabetai Calderoni *


Todos reconhecem que a escassez de energia elétrica e a falta de áreas adequadas para a disposição final dos resíduos constituem-se em dois dos mais graves problemas com que se defronta o Brasil atualmente. Felizmente, existe já a possibilidade de se resolver esses dois problemas com uma única solução: a produção de energia elétrica a partir de resíduos.
O risco de racionamento de energia no país tem sido discutido pelos especialistas e, embora não haja um total consenso sobre esta questão, numerosos trabalhos publicados recentemente alertam para o perigo de sofrermos restrições no fornecimento de energia, possivelmente já em 2001, sobretudo com a confirmação da retomada do crescimento econômico a taxas da ordem de 4% ao ano.
Por outro lado, acentua-se a crise referente à falta de Aterros Sanitários, especialmente nos centros urbanos de maior porte. No caso do município de São Paulo, por exemplo, os dois únicos Aterros remanescentes estão em vias de terem suas áreas totalmente saturadas a curto prazo, não havendo na cidade outras áreas disponíveis ou licenciáveis para a implantação de novos Aterros.

A produção de energia elétrica a partir do lixo

A produção de energia elétrica era monopólio estatal até bem pouco tempo no Brasil. As recentes mudanças institucionais introduzidas no setor elétrico, com a criação da ANEEL e a instituição do Mercado Atacadista de Energia (MAE) deram origem a um novo modelo.
Na esteira das alterações normativas, finalmente, a partir de julho de 2000, já é permitido a qualquer empresa produzir energia e vendê-la, a qualquer consumidor, desde que seja de ao menos 3 MW a potência instalada correspondente à energia comercializada.
O transporte da energia foi também alvo de nova regulação, não havendo mais obstáculos à sua contratação, a qual deve seguir uma tabela de preços já estabelecida.
Com esse novo modelo institucional do setor elétrico, tornou-se possível a produção de energia elétrica a partir do lixo com o envolvimento da iniciativa privada e passaram a ser viáveis parcerias entre empresas e prefeituras.
E é muito significativa a contribuição que essa nova forma de se gerar energia pode trazer. De fato, cada 200 ton/dia da fração orgânica dos resíduos sólidos domiciliares permitem a implantação de uma Usina Termelétrica com a potência de 3 MW, capaz de atender uma população de 30 mil habitantes. Isso quer dizer que, se a fração orgânica (60%) de todo o lixo domiciliar brasileiro, que é da ordem de 120.000 ton/dia, fosse utilizada para produzir energia elétrica, poderíamos implantar Usinas Termelétricas com potência significativa, cujo valor seria apreciável.
Para as indústrias, haveria um tríplice ganho: poderiam contar com uma fonte adicional e permanente de suprimento de energia, tendo, potencialmente, uma alternativa adicional para a disposição dos resíduos não perigosos que geram, além dos ganhos econômicos decorrentes dessa nova forma de geração de energia e disposição de resíduos.
Para os municípios, a economia seria muito grande. Seus gastos com a implantação e a operação de aterros sanitários seriam quase inteiramente evitados. Além disso, seriam reduzidas as distâncias percorridas pelos caminhões de coleta, outra forma importante de se economizar e, ao mesmo tempo, melhorar o tráfego urbano. E tudo isso, sem a necessidade de investimentos por parte das Prefeituras, uma vez que tudo poderia ser feito através de terceirização, pela concessão dos serviços a empresas.
As combalidas finanças dos municípios já não suportam mais a pressão que os gastos com a coleta e a disposição de resíduos representam: entre 5% e 12 % da arrecadação das prefeituras é utilizada para esse fim, montante freqüentemente superior à sua capacidade de investimento.
Por isso, é especialmente auspicioso o fato de que o retorno proporcionado pela exploração do lixo é tão expressivo que chega a ser suficiente para aguçar o interesse do setor privado. Os investimentos ficariam a cargo dos empresários, os quais poderiam se beneficiar da possibilidade de vender a energia elétrica gerada e adubo de excelente qualidade, além de poderem cobrar uma taxa pela recepção do lixo – desde que em montante inferior à economia que estivessem proporcionando às finanças municipais.
Ademais, as vantagens sociais são inequívocas. Além da geração de empregos, crianças e adultos que buscam retirar dos lixões meios para subsistir, trabalhando em condições subumanas, poderão passar a integrar cooperativas voltadas para uma atuação organizada e regular em Centrais de Reciclagem Integral de Resíduos.

Tecnologias: Incineração vs. Processos Biológicos

As tecnologias disponíveis não são tão recentes assim, mas só agora vão poder ser adotadas no Brasil. Nos Estados Unidos, na Europa e no Japão já foram implantadas Usinas Termelétricas alimentadas por resíduos, notadamente a partir dos anos 80. Essas tecnologias, embora já se mostrem economicamente viáveis, em muitos casos apresentaram problemas ambientais.
A incineração e o processamento biológico são, essencialmente, as duas formas adotadas para se produzir energia elétrica com a quase total eliminação da necessidade de aterros sanitários.
A incineração é um modo ambientalmente mais arriscado de resolver o problema. Isso porque resulta na emissão de dioxinas e furanos, gases potencialmente perigosos para a saúde humana, e que, suspeita-se, poderiam induzir até o câncer.
É bem verdade que foram desenvolvidos nos últimos anos sistemas de filtros capazes de reduzir substancialmente esse risco. A tal ponto que até a Alemanha, país tido como talvez o mais rigoroso em matéria de controle ambiental, chegou a conceder licença para o funcionamento de número significativo de incineradores. Mesmo assim, em vários países como Suécia, Canadá, Bélgica e Holanda foram fechados alguns deles em função dos riscos que apresentam.
Além disso, há também o problema de que acarretam uma perda de matéria orgânica, algo sempre contra-indicado como prática ambientalmente sustentável.
Não se pode esquecer, por fim, de que os incineradores tendem a agravar o efeito estufa, perigo ao qual o mundo está cada vez mais atento.
De um modo geral, os processos biológicos são mais viáveis economicamente e não agridem a natureza. Esta tecnologia faz com que os resíduos orgânicos, através da compostagem, se transformem em adubo orgânico, o qual, se adequadamente processado, pode ter alta qualidade. Ao mesmo tempo, é produzido metano suficiente para gerar energia elétrica em quantidade apreciável, com produtividade similar à dos incineradores, e ainda com grandes vantagens ambientais.
Tais vantagens decorrem do aproveitamento integral da matéria orgânica sem a emissão de dioxinas e furanos, os gases perigosos para a saúde do homem. Além disso, os processos biológicos contribuem para evitar o agravamento do efeito estufa.
Outro ganho energético interessante reside na possibilidade de armazenamento do metano para geração de energia elétrica preferencialmente nos horários de pico, o que aumenta ainda mais os ganhos econômicos.
Os processos biológicos permitem, assim, a venda de energia e adubo sem que a natureza perca matéria orgânica e tornam possível às Prefeituras a quase eliminação da necessidade de aterros sanitários.
Além do mais, uma pré-seleção do lixo urbano poderia permitir a retirada de latas de alumínio e aço, papel, papelão, vidro e plástico, os quais também tem um valor econômico. Outro ganho importante seria a geração de empregos na triagem desses materiais, com o uso de equipamentos de baixo custo, como esteiras e prensas.
Em conclusão, os processo biológicos são via de regra preferíveis, devendo os incineradores ser adotados apenas em casos muito extremos, sob rígido controle e quando as situações locais o exigirem, em função, por exemplo, de uma grande dificuldade de aproveitamento do adubo orgânico gerado.

A reciclagem do lixo é economicamente viável?

Há ainda quem duvide de que a reciclagem do lixo seja, de fato, economicamente viável, tanto no que se refere à fração orgânica (restos de comida etc), como à fração seca (plásticos, papel, metais, vidro etc). Mas os fatos parecem demonstrar o contrario.
As 120.000 t / dia de lixo produzidas no Brasil, sendo cerca de 72.000 t / dia (60%) de lixo orgânico, permitiriam a implantação de um parque gerador com a potência instalada de 1.080 MW, capaz de permitir aos municípios uma economia da ordem de R$ 1 bilhão por ano e de mais cerca de R$ 500 milhões de custos evitados de disposição final em Aterros Sanitários. A economia seria, portanto, de R$ 1, 5 bilhão / ano para o país como um todo.
Mas e a economia que se poderia obter a partir da fração seca? A esse respeito, em livro por nós recentemente publicado, denominado "Os Bilhões Perdidos no Lixo" (Ed. Humanitas, 1999, 3ª ed), as conclusões são de que, tanto para o Brasil, como para o município de São Paulo, a economia seria também de bilhões. Isto é ilustrado pelo quadro a seguir apresentado, o qual permite uma visão em maior profundidade dos resultados encontrados para o Brasil:
Quadro 3
BRASIL ECONOMIA RESULTANTE DA RECICLAGEM DO LIXO
em R$ milhões de setembro de 1996 (R$ 1=U$1)

ECONOMIA
=
V
-V
-C
+W
+M
+H
+A
Ganho
=
Venda de recicláveis
Venda de recicláveis
Custo da Reciclagem
Economia
de
Energia
Economia de
Matéria Prima
Economia de Recursos Hídricos
Economia de Custos Ambientais
POSSÍVEL 5.835,9 = 1.273,3 -1.273,3 -382,0 1.338,9 4.170,7 704,0 4,5
OBTIDA
1.191,6
= 363,3 -363,3 -109,0 340,3 735,6 223,9 0,8
PERDIDA
4.644,5
=
744,4
-744,4
-273,0
998,6
3.435,1
480,1
3,7
Fonte: Sabetai Calderoni, "Os Bilhões Perdidos no Lixo", Ed. Humanitas, 1997, Capítulo 15, Quadro 15.18, Quadro 15.19 e Quadro 15.20, pp. 284 a 286.
Desse quadro depreende-se que a economia possível através da reciclagem do lixo no Brasil pode ser estimada em, ao menos, R$ 5,8 bilhões. Deste total, foi obtida economia de R$ 1,2 bilhões, tendo sido perdidos, pela não reciclagem, R$ 4,6 bilhões.
A economia de matéria-prima constitui o principal fator de economia, respondendo por 71% do total possível e 62% do obtido através da reciclagem. O segundo fator em valor é a economia de energia elétrica, contribuindo com 23% do total possível e 29% do obtido.
O papel é o reciclável de maior peso, seja na economia possível (38%), seja na obtida (60%), ou na perdida (33%). Segue-se o plástico, cuja contribuição alcança 57% da economia possível e 33% da obtida. Essas variações entre o papel e o plástico devem-se, em grande parte, ao maior índice de reciclagem alcançada pelo primeiro.
O maior item singular de economia possível é a matéria-prima do plástico; no que se refere à economia obtida, a economia de matéria-prima e de energia proporcionadas pela reciclagem do papel são os itens de maior expressão.
Deve-se lembrar, contudo, que neste estudo a medida da economia de água e da redução dos custos ambientais não chegou a abranger a totalidade dos ganhos efetivamente alcançados, nem foram calculados para o Brasil os custos evitados pelas Prefeituras, dada a indisponibilidade das informações requeridas.
Cumpre enfatizar que os resultados ora apresentados constituem apenas uma ordem de grandeza, subestimada, dos ganhos que a reciclagem do lixo pode proporcionar sob o ponto de vista do conjunto da sociedade.
Tendo em vista esses dados, para se ter uma idéia mais completa da questão, vale a pena resumir as principais conclusões desse trabalho e oferecer uma visão de conjunto dos resultados mais importantes que as informações coligidas e as análises realizadas permitiram alcançar:

A COLETA SELETIVA, NO CONTEXTO DO PROCESSO DE RECICLAGEM DO LIXO, É ECONOMICAMENTE VIÁVEL NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO E NO BRASIL. NÃO RECICLAR SIGNIFICA DEIXAR DE AUFERIR RENDIMENTOS DA ORDEM DE BILHÕES DE REAIS TODOS OS ANOS.

A cada tonelada de lixo domiciliar (reciclável) que se deixa de reciclar no município de São Paulo, deixa-se de auferir um ganho da ordem de R$ 712. No total, estima-se que a perda anual seja de R$ 791 milhões (para as 1.112 mil t/ano de recicláveis descarregados nos Aterros Sanitários). No Brasil, deixa-se de obter cerca de R$ 4,6 bilhões anuais pela parte do lixo domiciliar que não é reciclada .

A COLETA SELETIVA PODERIA SER PRATICADA NO MUNICÍPIO, COM GRANDE PROVEITO PARA TODOS OS AGENTES.

O mercado de recicláveis pode auferir cerca de R$ 135 por tonelada, valor com o qual são já remunerados todos os sucateiros, carrinheiros e catadores e também são cobertos todos os gastos com transporte, armazenagem e processamento dos recicláveis. Os custos que a reciclagem evita para a Prefeitura com a coleta, transporte, transbordo e disposição final do lixo são de quase R$ 50 por tonelada. A coleta seletiva permitiria a obtenção de produtos recicláveis com menor grau de impurezas, o que elevaria o seu valor de mercado. Para implementá-la, a Prefeitura precisaria organizar-se com grau de eficiência semelhante ao vigente no mercado, ou poderia, alternativamente, terceirizar os serviços .

O PAPEL DESEMPENHADO PELO ESTADO, COM RELAÇÃO À COLETA SELETIVA E A TODO O PROCESSO DE RECICLAGEM É DE AUSÊNCIA E OMISSÃO, NAS TRÊS ESFERAS DE PODER

Observou-se que a reciclagem do lixo não vem sendo contemplada por nenhuma das três esferas de poder enquanto objeto de políticas públicas. A causa pode estar na falta de informação técnica, na pressão das demais questões que pesam sobre a agenda política, nas dificuldades de aparelhamento administrativo e, sobretudo, na ausência de pressão por parte dos segmentos interessados na manutenção do status quo. A conseqüência é que o governo está deixando de estimular atividade de grande potencial para a promoção do desenvolvimento, em termos de geração de renda, emprego , equilíbrio ambiental e qualidade de vida da população como um todo. Impõe-se, nesse sentido, a urgente instituição de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, articulada a políticas estaduais e municipais correspondentes.

A RECICLAGEM DO LIXO CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, EM ESPECIAL PARA O DESENVOLVIMENTO ECONOMICAMENTE SUSTENTÁVEL

Os fatores que tornam a reciclagem do lixo economicamente viável convergem, todos eles, para a proteção ambiental e a sustentabilidade do desenvolvimento, pois referem-se à economia de energia, à economia de matérias-primas, à economia de água e à redução da poluição do subsolo, do solo, da água e do ar. E convergem também para a promoção de uma forma de desenvolvimento economicamente sustentável e socialmente sustentável, pois envolvem ganhos econômicos para a sociedade como um todo.

RECOMENDA-SE A ADOÇÃO DE ABORDAGEM MACROECONÔMICA E MACROESPACIAL PARA A AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE ECONÔMICA DA RECICLAGEM DO LIXO.

A literatura referente à avaliação da viabilidade econômica da reciclagem tem sido desenvolvida seguindo uma abordagem microeconômica. Ao mesmo tempo, os geógrafos têm se inclinado por abordagens de cunho intra-urbano, ou quando muito urbano. Embora tais abordagens sejam necessárias, recomenda-se, no presente estudo, a adoção de um enfoque macroeconômico e macroespacial, de sorte a poderem-se dele derivar resultados e aplicações como os ora sugeridos.

*Sabetai Calderoni é Doutor em Ciências pela USP (FFLCH), pós-graduado em Planejamento pela Universidade de Edimburgo (Grã-Bretanha) e autor do livro "Os Bilhões Perdidos no Lixo" (Ed. Humanitas, 1999, 3ª ed.).

Fonte: http://www.reciclaveis.com.br/sabetai1.htm

Blog por uma causa

O blog Mídias, Educação e Meio Ambiente aderiu a causa das Crianças e adolescentes e pela defesa de seus direitos, neste sentido passará a publicar textos sobre o ECA e sobre eventos que promovam o debate acerca desta temática.
A adesão do blog e seu engajamento na luta pela afirmação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e por políticas públicas que assegurem uma infância e adolescência livres de violência e com direitos assegurados a educação, saúde, lazer... veio por influência inicialmente de minha função/formação, professor, e também pelos diálogos com a jornalista Edna Nunes.
Edna Nunes é uma grande colaboradora daqui do blog, semanalmente ela envia matérias sobre ações em defesa do ECA e dos direitos das crianças e adolescentes. Também foi por intermédio dela que conheci o blog "Eca na Amazônia", da jornalista Luciana Kellen (acesse o blog AQUI).

Leia abaixo a apresentação dos objetivos do blog Eca na Amazônia:

Sejam bem vindos ao blog que promove a infância e a adolescência!

Olá queridos internautas de passagem!
Sejam bem vindos à um blog dedicado a promoção dos direitos de Crianças e Adolescentes na Amazônia!!
No Blog Estatuto da Criança e do Adolescente na Amazônia (ECA na Amazônia) você irá ler noticias sobre cultura, educação, esporte, lazer e politicas realizadas por diversas instituições para a garantia de direitos de meninos e meninas!
Espero que este espaço se torne um lugar de discussão, esclarecimentos e visitação crescente de todos os interessados no tema, assim como uma fonte de informação do ECA na Amazônia!
Ainda do blog, recolho e posto aqui um guia sobre o ECA, originalmente escrito para jornalistas, mas creio que também auxiliará os professores para que superem o senso comum e compreendam os reais objetivos do ECA.
Clik na imagem para ler
 
Marcelo Carvalho

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um filme sobre Belém e nossas mangueiras



Roteiro:
Henrico chega à “Cidade das Mangueiras” com seu carro novo, cometendo inúmeras infrações e desrespeitando pedestres e ciclistas. Ao tentar estacionar o carro no terreno entre sua casa e a de um ecologista, é impedido por uma frondosa mangueira situada na entrada. Henrico ameaça derrubá-la no dia seguinte. O ecologista alerta sobre os benefícios da árvore. Eles discutem e tudo acaba com uma praga: “que retorne a ti o que causares à natureza...” Henrico segue com intuito de cortar a mangueira, mas acaba tomando uma decisão diferente.

Assista aqui:
http://www2.camara.gov.br/tv/materias/CURTAS-NA-TV/174987-CURTA-METRAGEM-A-REVOLTA-DAS-MANGUEIRAS--%28DIRETOR-ROBERTO-ELIASQUEVICI%29.html

Marcelo Carvalho

Indicação

A postagem abaixo é uma indicação da Tânia, é um ensaio, acho que ela quer virar blogueira também, acho que leva jeito, confiram:


Olá, Amigos (as)!

Vocês já conhecem o Canal de Noswebseries? São episódios idealizados para a internet e totalmente criados no Pará.  Produzidos e dirigidos pelo ator e jornalista Joaquim Araújo e com roteiro do escritor Diego Sabádo, “Nós” pode ser considerada a primeira websérie paraense.
Totalmente ambientada em Belém, a produção inaugura no estado o gênero de 'websérie', uma febre mundial que conquista cada vez mais adeptos nos serviços de compartilhamento de vídeos na web.

Vejam os episódios em:

sábado, 25 de junho de 2011

Dira Paes, cidadã paraense


Dira Paes, atriz e cidadã, em entrevista ao telejornal Bom dia Pará:

Pirataria, barcos sendo assaltados; trabalho escravo; mulheres sendo levadas para outros países para serem escravizadas sexualmente; crianças desaparecidas para retiradas de órgãos...
Em que ano nós estamos? Parece que estamos falando do século XVI!

Não é esse o Estado que a gente quer, não é esse o Pará que a gente quer!!!


Eu sou incansável, falo das maravilhas de nosso estado, mas não posso dizer que estou feliz com o estado sofrendo, sendo o estado mais violento em conflito de terras do Brasil... Nós não estamos mais no século XVI, nós estamos no século XXI, devemos agir contra a impunidade.

Para ver a entrevista completa acesse o site e veja a edição do dia 24/06


Marcelo Carvalho

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ubuntu

Carlos Lages, professor e blogueiro (acesse seu blog aqui), de Santarém, enviou para meu e-mail uma história muito bonita, daquelas que nem precisamos saber se é verdade ou não, se ocorreu de fato ou é ficção. A história passa a ser verdadeira quando e porque acreditamos nela, é como a força dos mitos, o boto existe porque simplesmente acreditamos que ele existe, porque é convincente a explicação que o boto seduz e engravida as moças em noite de luar. Os mitos nos ajudam a explicar a realidade.

Mas a mensagem de Carlos, embora ele seja de Santarém, um das terras preferidas do boto, não fala do boto e sim de Ubuntu e também não estou falando dos sistemas operacionais que utilizamos nas escolas (boto) e na SEDUC (Ubuntu), ou pelo menos usávamos.

saiba mais sobre o Boto Set Linux aqui

Para saber mais sobre o Ubuntu, clic aqui e aqui


Carlos nos traz poesia, nos fala da essência do ser humano, de ensinamentos que nos tornam melhores...

UBUNTU
 
A jornalista e filosofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela  contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
 
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
 
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...


Marcelo Carvalho

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O muro e a violência

Esta semana conversei com alguns professores, uns meus amigos. Eles falavam das dificuldades em exercer a profissão. Reclamam, com razão, da falta de apoio, de infraestrutura, de valorização etc.

Concordo com os argumentos deles, mas fico sem saber o que dizer, ao saber de algumas práticas adotadas por alguns colegas de profissão, como forma de oposição a esta realidade, como retaliação, como ato deliberado, consciente. 
Falo da postura de não ministrar as aulas, de não cumprir os horários, de não adotar a avaliação processual, de limitar o tempo do aluno em resolver a prova...

Considero estas posturas inadequadas, uma forma de violência, pois acabam vitimando os próprios alunos que já são vítimas de uma sociedade elitista e excludente.

E por falar em violência, hoje assisti na TV que a Escola Eneida de Moraes (Ananindeua) foi asslatada. Na entrevista a diretora queixava-se da "cerca" da escola (alambrado) e solicitava um muro. No site da SEDUC leio que na Escola Lucy Corrêa, o Secretário Adjunto de Logística, José Croelhas, em reunião com o Grêmio Estudantil e o Conselho Escolar decidiram construir uma antiga reivindicação da comunidade escolar, a elevação do muro da escola.

Não sou especialista em segurança pública, mas tenho certeza que muro algum será capaz de impedir a ocorrência de casos de assaltos ou outras formas de violência, pois se o muro fosse suficiente diria que moro em uma fortaleza, algo mais falso que uma nota de R$3,00

Imagem: google





Marcelo Carvalho

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A música mais tocada na ALEPA

Massa de Mandioca

Mastruz com Leite

Maria tá peneirando
Goma e massa de mandioca
Maria tá peneirando
Maria tá peneirando
Goma e massa de mandioca
Quem se casar com Maria
Só vai comer tapioca
Tá, tá, tapioca
Tá, tá, tapioca
Tá, tá, tapioca
Tá, tá, tapioca

Rala, rala mandioca
Tu de lá e eu de cá
Pra fazer beju de massa
Pra gente se alimentar
Maria traz a peneira
Mexe pra lá e pra cá
O peneirado é gostoso
Tô doido pra peneirae
"Penera, panera" de lá
"Penera, panera" de cá
"Penera, panera" de lá
"Penera, panera" de cá
O peneirado é gostoso
Tô doido pra peneirar



Por enquanto o Ministério Público só pegou peixe pequeno.

Marcelo Carvalho

Curso de Atualização Violências nas Escolas: causas, consequências e prevenção

Recebi a seguinte programação, por considerá-la de utilidade pública, divido com os leitores do blog:

Curso de Atualização Violências nas Escolas: causas, consequências e prevenção

Professores Ministrantes:

REINALDO NOBRE PONTES - Assistente Social (UFPa, 1984); Mestre em Serviço Social (PUC-SP, 1994), Doutor em Sociologia(UCM - Espanha, 2007); Coordenador do Observatório de Violências nas Escolas (Unama, 2004-2011; Autor do livro ‘Mediação e Serviço Social’ (Cortez, 1995); Co-autor do livro Relações Sociais e Violências nas Escolas (2007) e Co-organizador do livro Educação Inclusiva e Violência nas Escolas (2010).

CLAUDIO ROBERTO R. CRUZ - Assistente Social (União das Escolas Superiores do Pará, 1988); Mestre em Administração e Educação no Ensino Superior (UNAMA, 1997); Doutor pela Universidade de Coimbra/Portugal; Professor Pesquisador do Observatório de Violências nas Escolas (UNAMA, 2006-2011); Co-autor do livro Relações Sociais e Violências nas Escolas (2007) e Co-organizador do livro Educação Inclusiva e Violência nas Escolas (2010).

CONTEÚDO
 
1. Violência, Sociedade e Políticas Públicas
2. A Realidade da Violência nas Escolas em Belém
3. Formas de Violências: Física, Psicológica,Gênero, Bullying, Cyberbullying entre outras
4. Causas e Consequências das Violências nas Escolas
5. Enfrentamento e Prevenção às Violências nas Escolas: Trabalho em Rede de Políticas Públicas

PERÍODO
 
Carga horária: 20 horas
Segunda-feira - 27/06/11 - De 18:00h as 22:00h
Terça-feira – 28/06/2011 – De 18:00h as 22:00h
Quarta-feira – 29/06/2011 – De 18:00h as 22:00h
Quinta-feira – 30/06/2011– De 18:00h as 22:00h
 
Número de vagas: Limitadas
Investimento: R$ 150,00
Local: Auditório do “Campus” Quintino UNAMA

INSCRIÇÃO
 
Depósito identificado (na boca do caixa). Informar nº do CPF.
Banco Itaú - Agência: 2346 - Conta-corrente: 04419-7
Telefone para contato: 8111-8808 / 3231-0171 (noite) /4009-3099 (Trab.)
 
Sugestão do blogueiro:
 
O curso é oportuno, pois a violência configura-se como verdadeiro flagelo nas escolas. Para um combate efetivo faz-se necessário conhecer profundamente o fenômeno, traçar o diagnóstico e propor ações capazes de criar um ambiente de paz nas escolas e na própria sociedade.

A SEDUC poderia financiar um número de inscrições e ofertar aos professores e técnicos em educação das escolas públicas, principalmente daquelas escolas em que foram registrados casos mais graves de violência. Seria uma ação inteligente, com mais impacto do que foi apresentado até agora pela atual gestão, no que se refere ao combate à violência nas escolas.

Marcelo Carvalho

segunda-feira, 20 de junho de 2011

NTE Ananin

Os meus amigos do NTE¹ Ananin, um dos mais atuantes de nossos núcleos, enviaram um convite para o evento de entrega de certificados aos participantes dos cursos e oficinas ministrados por seus  multiplicadores².

Tive uma dupla felicidade ao ler o convite, uma por ver que alguns cursos são continuidade do trabalho que ajudei a implementar e outra por ver que eles continuam exercendo suas atividades com profissionalismo e competência.

O convite ficou muito bonito, confiram:

Para saber mais sobre o NTE Ananin, clic na imagem abaixo:
Notas:
1- NTE: Núcleo de Tecnologia Educacional
2- Multiplicador: nome dado ao professor que atua no NTE, geralmanete um profissional com especialização em Informática Educativa, Tecnologias em Educação ou Mídias na Educação.
 
Marcelo Carvalho

Publicação que será lançada no dia 22 revela as fraudes de uma das mais importantes cadeias produtivas do Brasil

Minha amiga Lúcia Martins mandou, por email, a notícia abaixo, acessei o site e vi que o assunto era relevante e decidi compartilhar com os leitores do blog. O texto e o vídeo nos ajudam a entender os reais motivos dos assassinatos das lideranças rurais aqui no Pará e no Brasil.


O Aço da Devastação from Papel Social Comunicação on Vimeo.

Inédita e exclusiva, a pesquisa do Observatório Social, coordenada pelo jornalista Marques Casara, revela dados vergonhosos na produção do Aço no Brasil. A pesquisa começou em Nova Ipixuna (PA), onde, no dia 24 de maio, foram assassinados José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, que denunciavam a devastação da floresta para produzir carvão e madeira.
Em algumas siderúrgicas do polo de Carajás, grandes exportadoras de ferro gusa usam carvão do desmatamento e do trabalho escravo nos processos produtivos. A prática contamina toda a cadeia produtiva do aço e chega a montadoras de veículos, fabricantes de eletrodomésticos, de aviões e de computadores.

A pesquisa detalha como operam grupos criminosos do qual fazem parte empresários, políticos e servidores do governo do Pará.
Em seu trabalho, Casara mostra que em algumas siderúrgicas, o uso do carvão ilegal sustenta mais da metade de toda a produção. Essa conclusão foi possível após a obtenção de dados referentes à produção anual de cada siderúrgica em 2010. Essas informações eram mantidas em sigilo para evitar o cruzamento de dados e a obtenção do índice de ilegalidade.

Continue a leitura aqui 


Marcelo Carvalho

Sinergia Cultural da Unipop - no ritmo do Carimbó

Hoje publico mais uma matéria enviada pela jornalista Edna Nunes, ela já conquistou lugar cativo,  seus textos enriquecem o conteúdo do blog.


Marcelo Carvalho


O carimbó será o destaque do Sinergia Cultural de junho no Instituto Universidade Popular (Unipop). Na última sexta-feira deste mês (24), às 19h, no Porão da Unipop, o historiador e especialista em patrimônio cultural e educação patrimonial, Jeancarlo Pontes Carvalho, conversará com o público sobre o ritmo paraense. Ele fará uma explanação sobre a sua monografia intitulada Carimbó: Patrimônio de Um povo, que tem como foco principal levantar questionamentos e fazer afirmações do ritmo paraense, como uma das maiores expressões do patrimônio cultural brasileiro. 

Jeancarlo fará uma discussão sobre o carimbó no que diz respeito ao conceito de tradição e modernidade, analisando as permanências e transformações da manifestação. O estudo feito pelo historiador busca apontar os rumos do poder público, nas três esferas, na preservação e salvaguarda desse patrimônio que está prestes a ser reconhecido e registrado como Patrimônio Imaterial do povo.  

O artigo, segundo o autor, possibilita discussões sobre identidade, memória, história, preservação, tradição e modernidade, tendo o Carimbó como objeto de estudo. “Uma linha de pesquisa atual, visto que a academia discute esses conceitos em todas as áreas de conhecimento. Nesta perspectiva e do ponto de vista das políticas culturais contemporâneas, é o patrimônio imaterial que tem tido atenção especial de modo a torná-lo efetivamente representativo da diversidade étnica e cultural do Brasil”, explica Jeancarlo.

Ele conta que o Carimbó não é apenas uma música ou uma dança apresentado por casais dançadores com roupas e saias coloridas que dançam em uma roda, como sempre foi descritos nos livros, manuais e textos acadêmicos. “É bem mais que isso, envolve pessoas, seus saberes e fazeres, o domínio da técnica (arte) da fabricação de instrumentos (curimbós, flautas de madeiras entre outros), o cotidiano, modo de vestir, de cantar, de falar, o relacionamento social e o político. Enfim, uma infinidade de possibilidades que seria impossível, criar, um conceito singular para esta prática cultural”, enfatiza. 


Serviço
Assunto: Sinergia Cultural aborda o carimbó  
Data: Sexta-feira (24/06/2011), às 19h
Local: Porão da Unipop, Av. Senador Lemos, 557, Telégrafo, Belém - Pará



Contato: palestrante - Jeancarlo Pontes Carvalho (91) 8180-5564; coordenador do Sinergia Cultura, Adriane Gonçalves (91) 8863-8982)

Edna Nunes (91) 8827-6531
Assessoria de Comunicação Unipop

domingo, 19 de junho de 2011


Olá!
 
O verão paraense está na porta. As férias escolares estão quase iniciando.
 
Se viajar, aprecie as belezas de nosso estado.
 
Visite a Ilha do Marajó!
 
Tenho um blog sobre Monsarás, localizada no município de Salvaterra, Marajó, Pará.
 
Quando for possível faça uma visita ao blog e deixe um comentário:
 
 
O blog tem o objetivo de mostrar a vila de Mosarás, revelar seus aspectos: turísico, arqueológico e histórico. 
 
Monsarás e uma maravilha da natureza, como muitos lugares na Ilha do Marajó.
 
Agradeço desde já pela visita, tenha uma ótima semana.
 
Marcos Lameira

A mensagem acima, foi enviada por meu amigo Alamar. Ele que nasceu em Monsarás está desenvolvendo sua pesquisa de mestrado sobre esta localidade. Além do interesse acadêmico o professor Alamar desenvolve, em Monsarás, alguns projetos sociais e culturais. Ele também foi um dos criadores da  Associação dos Amigos e Moradores de Monsarás.

Marcelo Carvalho

Jovens dos bairros do Guamá e da Terra Firme serão beneficiados com curso profissionalizantes

Jovens que moram nos bairros do Guamá e da Terra Firme serão beneficiados com o Projeto Amazônia: Juventude Urbana fazendo sua opção pela Vida, executado pelo Instituto Universidade Popular (Unipop), com o patrocínio financeiro do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, Governo Federal. A parceria consta com a realização do curso profissionalizante de Promotor de Vendas. Mais que garantir qualificação social e profissional, para gerar mudanças na realidade em termos de efetivação de políticas públicas, o projeto tem por objetivo contribuir para o empoderamento da juventude amazônica, fortalecer e ampliar ações individuais e coletivas pela promoção e garantia de seus direitos.

No bairro do Guamá as inscrições ocorrerão nesta segunda-feira (20), no horário das 14h às 18h, na Associação de Pais e Educadores Moaraná, localizada na travessa 25 de Junho, Nº 329, entre rua Sururina e Barão de Igarapé Miri. Já na Terra Firme, os jovens interessados em fazer o curso poderão fazer as inscrições no dia 25 de junho, das 08h às 14h, no salão da Paróquia São João Batista, que fica na Celso Malcher, S/N.
O Projeto Amazônia: Juventude Urbana fazendo sua opção pela Vida é destinado para capacitar social e profissionalmente 120 jovens, da faixa etária de 18 e 25 anos, com ensino médio completo, oriundos de famílias de baixo poder aquisitivo distribuídos entre os municípios de Belém, com 60 vagas, 30 para os jovens do Guamá e 30 da Terra Firme; 30 vagas para Santarém; e mais 30 para Marabá.

“O curso profissionalizante de promotor de vendas terá carga horária de 200h de formação em cada município, realizado entre os meses de agosto a outubro de 2011, em 04h diárias, 05 dias da semana, totalizando 50 oficinas”, explica a coordenadora do projeto, a socióloga Selli Rosa.

Segundo Selli, além da formação dos jovens, o projeto prevê também processos formativos com 120 familiares dos que serão atendidos pelo grupo, desenvolvendo discussões com temáticas variadas, fortalecendo laços familiares e relações coletivas. Ao mesmo tempo, será desenvolvida nos três municípios a Campanha: Que Cidade Queremos para viver?

A idéia é dar visibilidade às necessidades da juventude em relação às políticas públicas, com participação direta dos jovens e seus familiares, igrejas, empresas e instituições parceiras. A partir da campanha pretende-se ainda construir com os jovens e suas famílias ações que possibilitem reaplicação da metodologia nos bairros e de incidência nas políticas públicas. 

Serviço

CRITÉRIOS PARA INSCRIÇÃO DE JOVENS PARA O CURSO:

- Apresentar os seguintes documentos: cópia de RG, cópia do comprovante de escolaridade de Ensino Médio, cópia do comprovante de residência.
- Completar 18 anos até junho de 2011.
- Ter ensino médio completo.
- Só poderá participar do Projeto apenas 01(um) jovem por família.
- Preferencialmente ser mãe (dentro do critério de faixa etária e escolaridade)
Inscrições:
Guamá: inscrições dia 20 de junho – das 14H ÀS 18H.
Local: Associação de Pais e Educadores Moaraná
Endereço: Travessa 25 de Junho, Nº 329, entre rua Sururina e Barão de Igarapé Miri
Informações: (91) 3224-9074/3261-4260.
Parceiros: Guamá em Rede e Associação de Pais e Educadores Moaraná

Terra Firme: Inscrições dia 25 de Junho, das 08h às 14h
Local: Salão Paroquial São João Batista
Endereço: Avenida Celso Malcher, S/N
Informações: (91) 3224-9074/3261-4260.
Parceiros: Paróquia São Domingos de Gusmão, Comissão de Justiça e Paz da Terra Firme

terça-feira, 14 de junho de 2011

Campanha: Retroativo Já!

Na edição do dia 31 de maio de 2011, de O Liberal (leia aqui), foi publicado uma matéria sobre a reunião entre o SINTEPP e o Governo do Estado para tratar da implantação do PCCR.

O resultado prático, todos já conhecem: adeus PCCR em 2011. 

E por falar em PCCR,  amanhã completa 1 ano de sua aprovação pela ALEPA, e a categoria não tem nada a comemorar.

Alguns blogs, inclusive este, repercutiram a matéria. Lendo o texto novamente, encontrei uma declaração que ficou, naquele momento, em segundo plano, mas é esclarecedor de como o governo pretende tratar os professores.
Falo da declaração da secretária de administração, Alice Viana, veja o que ela disse sobre o Piso Salarial dos Professores:

Na reunião os trabalhadores reivindicaram também que o piso salarial do Pará siga o novo piso salarial aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que é de R$1,187,00.
Sobre a reivindicação, a secretária afirmou que “o governo irá adotar o piso quando houver determinação judicial para tanto”.

Será necessário uma ação judicial para fazer o Governo do Estado cumprir uma decisão do STF?
O STF não é a mais alta corte da justiça brasileira? 
Por que esperar uma outra ação, se o STF já afirmou a legalidade do Piso?
Marcelo Carvalho

Vioência na escola

A Escola Estadual Dr. Agostinho Monteiro, assim como muitas outras, está enfrentando problemas relacionados à violência.

A escola localiza-se na Cidade Nova, Ananindeua, e é considerada de grande porte, atende alunos do ensino fundamental (1ª à 4ª séries e 5ª à 8ª séries); Também atende o Ensino Médio e o Ensino de Jovens e Adultos - EJA.

É certo que muitas escolas também enfrentam problemas com a violência, não  há novidade neste enunciado. A novidade foi forma de tentar buscar soluções! Este o motivo para minha postagem.

A estratégia foi reunir a comunidade escolar e debater exaustivamente a problemática e em seguida utilizar o blog da escola como espaço de formação, informação e até de denúncias de atos de vandalismo, criminalidade e de outras faltas disciplinares cometidas dentro ou no entorno da escola.

O blog como espaço de formação da hábitos positivos:

- SEGURANÇA NA ESCOLA: DICAS ÚTEIS AOS PAIS / RESPONSÁVEIS 

O título é da postagem do dia 7 de junho, nela é apresentado uma série de "dicas" para os pais e responsáveis acompanhar a rotina de seus filhos, destaco algumas delas:

. Conheça o horário escolar de seu filho (a);
. Conheça e oriente sobre os percursos que o seu filho (a) utiliza de ida e volta para a escola;
. Estipule um horário limite para seu filho (a) chegar em casa, após a aula;
. Não estimule seu filho (a) a resolver problemas utilizando agressões ou a revidar uma violência sofrida por ele (ela);
. Procure conversar com seu filho sobre uso de drogas (lícitas e ilícitas), namoro, sexo, amizade, etc.
. Esteja, sempre que possível, presente na escola para saber como anda o rendimento e comportamento de seu filho (a). 


O blog como espaço de informação:

No blog da escola foram disponibilizados vários telefones úteis para solicitar apoio e denunciar casos de violência.

. Polícia: 190
. Disque Denúncia (tráfico, roubo, violência, etc.): 181
. Conselho Tutelar: 32951451 / 32553177
. Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA): 3271.2096 ou 3272.07.79
. Abuso Sexual Contra Crianças e Adolescentes: 100
. Violência Contra a Mulher: 3246-6803 ou 3246-6470.

O blog como espaço de interação visando o combate de todas as formas de violência

Na postagem do dia 9 de junho, é explicado algumas ações do plano de ação da escola:

Em virtude de problemas que estão ocorrendo em algumas escolas da rede estadual de ensino, dentre eles: violência escolar/ bullying, uso/venda de drogas (lícitas e ilícitas), depredação do patrimônio público, cabulação de aula (gazetar aula), entre outros; informamos algumas medidas adotadas:

· . 1- Utilização do diário de classe digital, no qual a frequência dos alunos será enviada diariamente (online) para a SEDUC. Portanto, o aluno deverá estar atento às ausências nas aulas para que não seja reprovado por falta (mínima de 75%) ou tenha alguns direitos cancelados, tais como a carteirinha de meia passagem e/ou auxílio do Governo Federal (bolsas);

    Problemas graves de comportamento poderão ser resolvidos pela Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA) ou pela polícia militar (maiores de idade).

     Opinião do blogueiro:
    
     A medida mais interessante foi a adoção do formulário para denúncias anônimas, no qual qualquer pessoa pode registrar sua denúncia sem revelar sua identidade. O formulário foi elaborado no google docs e postado no blog da escola.

     Gostei do formulário porque ele é democrático, podem ser feitas denúncias contra todos os segmentos: direção, professores, funcionários e alunos. É muito comum ver iniciativas como estas tenderem ao corporativismo, ou seja, admiti-se denunciar "alguns setores da escola", enquanto outros são protegidos.

    A escola Agostinho Monteiro está de parabéns por decidir enfrentar os problemas, por inovar na utilização dos recursos tecnológicos (blog, google docs), e mais importante, por abrir possibilidades para a realização de um diagnóstico profundo sobre todas as formas de violência praticadas no interior da escola, as que ocorrem no entorno da escola, dentro da escola e também aquelas que são praticadas dentro das salas de aulas.
     
     Veja os itens do formulário e veja se tenho razão ou estou exagerando.
   
     Acesse o formulário Aqui

     Acesse o blog da escola Aqui

    
     Marcelo Carvalho

domingo, 12 de junho de 2011

REDE RECICLA PARÁ


O Grupo de Combate ao Lixo esteve presente no lançamento da Rede Recicla Pará, o GCLB foi representado pela Fátima (nossa presidenta), Érica (nossa engajada promotora) e pelo Pompeu (nosso grande articulador).
Os catadores no evento de lançamento da RPP
No centro da foto: Fátima, Pompeu e Èrica, representantes do GCLB
O lançamento da RRP ocorreu no último dia 7, no auditório da SUDAM, em Belém. O objetivo da Rede Recicla Pará - RRP, é unir e articular os catadores do estado, dentro de um sistema de rede, contribuindo para seu fortalecimento e inclusão socioeconômica e política.

A RPP já nasce forte, pois possibilita a integração de várias cooperativas e associações de catadores, antes da rede elas estavam dispersas e cada uma tentava isoladamente garantir espaço dentro do mercado da reciclagem e das políticas públicas do setor. A RPP passa a aglutinar as seguintes cooperativas e associações: COOTPA, COOCAPE, COOPROREM, CONCLIMA, CIDADANIA PARA TODOS, ASSOCIAÇÃO DE CURUÇÁ, COOPERATIVA DE CASTANHAL, ARAL, ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DE BELÉM, COOMARCA, ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DE EBENEVIDES, ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DO MARAJÓ, COOPERATIVA DE ABAETETUBA, ASCAMARE e PROJETO AÇÃO E CIDADANIA.

No evento de lançamento da RPP também estiveram presentes as seguintes autoridades:

O gerente geral do Banco do Brasil (Agência Humaitá), representante da CÁRITAS, EMBRAPA, Câmara Municipal de Marituba, Gerente de Desenvolvimento Regional Sustentável do Banco do Brasil, ONGs UNISOL, BRASIL e NO OLHAR.


O QUE É A RRP

Como começou:

Por Nathália (integrante da RPP)

Há muitos anos, os catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis buscam atingir um grau de desenvolvimento social que os façam ser reconhecidos como categoria profissional e verdadeiros “cidadãos”.

Foi com muita luta que provamos mais uma vez que nossa utopia supera o pessimismo e nos faz caminhar e AGIR buscando soluções para nossos sonhos. Foi com mobilização e cobrança que fizemos um projeto que tramitou 21 anos no Congresso se tornar realidade incluindo nossa categoria de forma inédita. Em 02 de Agosto de 2010, entramos para a história ao ser sancionado pelo Presidente da Republica, a Política Nacional de Resíduos Sólidos que em cerca de 9 artigos inclui claramente o trabalho dos catadores de materiais recicláveis no marco legal da cadeia produtiva da reciclagem de resíduos do pais.

A legislação brasileira obteve outros avanços com a edição do decreto n° 7.405, de 23 de Dezembro de 2010, que instituiu o Programa Pro – Catador, com a finalidade de integrar e articular as ações do Governo Federal voltadas ao apoio e ao fomento à organização produtiva dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, à melhoria das condições de trabalho, à ampliação das oportunidades de inclusão social e econômica e à expansão da coleta seletiva de resíduos sólidos, da reutilização e da reciclagem por meio da atuação desse segmento.

O que esperamos e lutamos:

Neste momento histórico, os catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis do Estado do Pará, representados por algumas Associações e Cooperativas, chegam ao esperado estagio superior da organização social, política e econômica da categoria, através da Fundação da Rede de Economia Solidária de Catadores de Matérias Reutilizáveis e Recicláveis do Estado do Pará, que atuará sob o nome “de fantasia” “REDE RECICLA PARÁ”. Nossa filosofia é que no Pará catador não cata, mas coleta, reutiliza e recicla, ou seja, nosso desenvolvimento se dará pela prática efetiva da coleta seletiva solidária em nosso Estado. Nosso slogan é “ Sustentabilidade na Amazônia”.

Parcerias

Mas se muito já foi feito, ainda há muito mais por fazer. Para isso os catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis do Estado do Pará precisam da sua ajuda. Venha ser parceiro deste movimento, que se mostra economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. Venha colaborar, de acordo com as suas possibilidades, para a construção de uma sociedade mais justa, de um meio ambiente mais saudável e de um mundo realmente sustentável.

Faça parte dessa história.

Sonho que se sonha só é só um sonho. Sonho que se sonha junto vira realidade!”

GCLB

Ps. O blogueiro é um dos colaboradores do GCLB, interessados em conhecer o grupo podem acessar: http://belemcontraolixo.blogspot.com/