Em
maio participei de uma assembleia do SINTEPP, na qual o advogado do sindicato,
em uma postura quase governista, tentou persuadir a categoria argumentando que
o PCCR dos profissionais da educação, na forma como fora aprovada pela ALEPA,
era inconstitucional e não poderia ser implementado pelo governo.
O
advogado sugeriu que a categoria tivesse bom senso e aceitasse as modificações
nos artigos apontados pelo governo como inconsistentes juridicamente, caso
contrário, qualquer pessoa poderia entrar com uma ação o que resultaria na suspensão
do PCCR.
Não havia alternativa: a categoria tinha que ceder e aceitar as
alterações.
Na
assembleia a categoria rejeitou em parte a posição do advogado e de parte da
diretoria do sindicato, os professores votaram pela implementação imediata do
PCCR e que os ajustes fossem feitos ao longo do processo, ou seja, concomitante
a implementação do plano.
Sábia
decisão da categoria. Não dá mais para esperar, o PCCR tem que ser efetivado. É
lei.
Na
época escrevi um texto, aqui no blog, no qual argumentava que se a categoria
ficasse na dependência de uma nova lei aprovada pela ALEPA, o PCCR não seria efetivado
em 2011 (leia aqui).
Depois de alguns meses, ao que parece, nenhum projeto de lei foi enviado à ALEPA. Num
passe de mágica o PCCR voltou a ser juridicamente viável e governo e SINTEPP,
sustentam que em outubro o tão aguardado plano de cargos, carreira e salário
tornará realidade.
O
que mudou? Veja a explicação que consta no site do SINTEPP:
PCCR – O Governo do Estado reafirmou que
o pagamento, com o devido enquadramento de todos os profissionais da educação,
inclusive os municipalizados, sairá no contracheque de outubro. Em relação aos
aposentados o SINTEPP irá agendar uma reunião com o presidente do IGPREV.
Uma cláusula do plano que antes era
considerada inconstitucional pela Procuradoria Geral do Estado, que obrigava os
Especialistas, Mestres e Doutores a optar por um enquadramento diferenciado,
foi reconsiderada pelo governo, após as contestações jurídicas e políticas do
sindicato, o que fez com que a SEDUC voltasse atrás na sua decisão e permitiu
que estes profissionais permanecessem na sua classe, mantendo a gratificação
respectiva.
Fonte:
http://www.sintepp.org.br/?action=noticia.detalhe&id=167
Na assembleia de maio o advogado do sindicato concordava coma interpretação do governo, ou seja, o PCCR era inconstitucional. A categoria manteve-se firme, rejeitou a tese de primeiro aprovar mudanças para depois implementar o plano. Aí o governo mudou de ideia, a PGE reconsiderou e alegou a constitucionalidade da lei, aí o advogado do sindicato e o sindicato também passam a adotar este entendimento.
http://www.sintepp.org.br/?action=noticia.detalhe&id=167
Na assembleia de maio o advogado do sindicato concordava coma interpretação do governo, ou seja, o PCCR era inconstitucional. A categoria manteve-se firme, rejeitou a tese de primeiro aprovar mudanças para depois implementar o plano. Aí o governo mudou de ideia, a PGE reconsiderou e alegou a constitucionalidade da lei, aí o advogado do sindicato e o sindicato também passam a adotar este entendimento.
Moral da história:
1ª - Certos estavam os
professores que firmaram posição na assembleia de maio!
Marcelo Carvalho
5 comentários:
Já chega de promessas, esperamos que realmente esta notícia seja verdadeira por parte do Governo. O PCCR já deveria ter sido implantado no Estado desde o ano de 2007 e até hoje são apenas promessas. A Educação tem dinheiro até demais para que seja posto em prática o plano sem haver prejuizos para os cofres do Governo.
Olá Fátima,
Recursos para pagar o PCCR realmente não faltam.
O governo poderia pegar os recursos desviados pelos nobres deputados e funcionários da ALEPA e melhorar os salários dos professores.
Marcelo Carvalho
E por falar em Sintepp, o blog do mesmo de interatividade não tem nada, e é ruim mesmo.
Emanuel,
Que bom que voltastes a visitar e comentar o blog.
O site é ruim, não cumpre sua função de informar com agilidade.
Até hoje procuro os slides utilizados na assembleia de maio, na qual o advogado do sindicato tentou convencer a categoria de que o PCCR era inconstitucional.
Marcelo Carvalho
É vero.
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