quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Terceira Margem Amazônia

Com objetivo de estabelecer diálogo entre o mundo acadêmico e a sociedade  e divulgar o conhecimento científico produzido na e sobre a Amazônia, um grupo de pesquisadores pensou, trabalhou e finalmente concretizou um sonho, editar uma revista científica que ao mesmo tempo primasse pelo rigor e fosse capaz de ser compreendida pelos diversos atores sociais que lutam e trabalham em solo amazônico.

Uma publicação que deseja ultrapassar o muro real e o ilusório erguido por certo tipo de academicismo.

Saiba mais sobre o lançamento da Terceira Margem Amazônia: 



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Quem já viajou de ba o pela Amazônia já contemplou as margens dos rios.  O vai e vem das ondas remetem a diferentes olhares sobre a região, podendo ser o olhar de um nativo, de um estrangeiro ou de um poeta ou pode retratar apenas um caminho.

É essa pluralidade de olhares que compõem a região Amazônica e para aproximar essa diversidade peculiar da região membros da comunidade acadêmica e atores sociais lançam a Revista Terceira Margem Amazônia. 

 A revista abriga em seu escopo artigos, notas de pesquisa, resenhas, resumos de teses, dissertações, entrevistas e debates de diferentes autores da comunidade acadêmico-científica e personagens sociais de grande expoente do cenário amazônico. 

 A Revista Terceira Margem Amazônia tem como objetivo ser um veículo de divulgação de estudos, pesquisas e experiências sociais, abrangendo trabalhos interdisciplinares envolvendo, direta ou indiretamente, a realidade da região de modo a estimular o intercâmbio e o debate entre a comunidade acadêmica científica e os atores sociais, contribuindo para a produção de conhecimento acerca da região. 

Corpo da revista
 
O sumário da revista é dividido em duas partes: Corpus e Práxis. A primeira é estruturada em quatro seções destinadas à produção científica, constituída de artigos, notas de pesquisa, resenhas, resumos de teses e dissertações de professores (as) da Universidade Federal e Estadual do Pará (UFPA e UEPA). 

Dentre os temas e autores há “A gestão pública municipal: instrumento transformador para o desenvolvimento social do Pará” de Josep Pont Vidal; “A cidade e o rio na Amazônia: mudanças e permanências face às transformações sub-regionais”, Saint-Clair Cordeiro da Trindade Júnior; “Roteiro de pesquisa e roteiro de obra cinematográfica: buscando instrumentos de ensino”, Gutemberg Armando Diniz Guerra; “O direito à educação infantil na Amazônia brasileira: desafios e Disputas”, Ana Maria Orlandina Tancredi Carvalho; “Da tierra firme à Amazônia”, Romero Ximenes. A resenha do livro a “A Amazônia e a cobiça internacional”, de Artur Cezar Ferreira dos Reis, foi elaborada por Maria Goretti da Costa Tavares; entre outros. 

Na Práxis está localizada a seção Entrevista, espaço dedicado a personalidades da comunidade acadêmica ou atores sociais que contribuíram para geração de conhecimento na região Amazônica. Nesta primeira edição o entrevistado foi o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Alfredo Kingo Oyama Homma, reconhecido nacional e internacionalmente pelos trabalhos desenvolvidos na região. A entrevista foi realizada pelo jornalista e professor da Unama Rogério Almeida, e por dois membros do conselho científico da revista, Maria do Socorro Ferreira, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental e Gutemberg Guerra, da Universidade Federal do Pará.   Para fechar essa seção há dois textos para debate, um de Lúcio Flávio Pinto e outro de Maria de Fátima Fonseca. Os dois textos tratam da divisão territorial do Estado do Pará. O propósito é verificar se o assunto já se esgotou, mesmo após o resultado do plebiscito, ou se ainda continua vivo, ou ainda latente entre as partes interessadas da região Amazônia e do Brasil. 

Por que Terceira Margem Amazônia?
 
Escolher o nome de uma revista científica que agregue a pesquisa e experiências sociais de uma região como a Amazônia não é tarefa fácil. Para isso o nome foi cuidadosamente discutido entre os membros da revista e buscou-se inspiração no conto de Guimarães Rosa e no romance de Benedicto Monteiro. 

No conto de Guimarães Rosa, cujo título é “A terceira margem do rio” há um confronto paradoxal da realidade retratada pelo autor, e exige um olhar para além da realidade ditada pelo senso comum, olhar direcionado para uma realidade plural e diversa, como se remetesse a outro universo, outro caminho. Já Benedicto Monteiro, autor paraense, utiliza o titulo “Terceira Margem” para retratar o embate entre os problemas socioambientais da região, em que não podem ser explicados somente pela margem direita ou esquerda dos rios, mas por um conjunto de complexidades de que ambas fazem parte, a partir de uma Terceira Margem. 

O tecido que compõe o cenário amazônico é plural e diverso, inerente à região. A expressão “Terceira Margem” foi escolhida como forma de atender ao desafio peculiar que a região retrata desde o pensar amazônico à interdisciplinaridade que a mesma exige para sua compreensão. Ao final da expressão foi acrescentada a palavra “Amazônia” para identificar e ressaltar o espaço retratado e estudado. 

Data para o lançamento da Revista: Durante o evento da Feira Pan Amazônica do Livro. 

Ficha Técnica
 
Revista: Terceira Margem Amazônia
Autor: Vários autores
Número de páginas: 224
Preço: R$ 20,00
Áreas de interesse: Sociologia, Ciências Sociais, Geografia, Educação
Editora: Outras Expressões

A revista pode ser adquirida pelo site da livraria Expressão Popular ou ligar para (91) 3255 3855

Texto: Assessoria de comunicação da revista

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Marcelo Carvalho

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