sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ubuntu

Carlos Lages, professor e blogueiro (acesse seu blog aqui), de Santarém, enviou para meu e-mail uma história muito bonita, daquelas que nem precisamos saber se é verdade ou não, se ocorreu de fato ou é ficção. A história passa a ser verdadeira quando e porque acreditamos nela, é como a força dos mitos, o boto existe porque simplesmente acreditamos que ele existe, porque é convincente a explicação que o boto seduz e engravida as moças em noite de luar. Os mitos nos ajudam a explicar a realidade.

Mas a mensagem de Carlos, embora ele seja de Santarém, um das terras preferidas do boto, não fala do boto e sim de Ubuntu e também não estou falando dos sistemas operacionais que utilizamos nas escolas (boto) e na SEDUC (Ubuntu), ou pelo menos usávamos.

saiba mais sobre o Boto Set Linux aqui

Para saber mais sobre o Ubuntu, clic aqui e aqui


Carlos nos traz poesia, nos fala da essência do ser humano, de ensinamentos que nos tornam melhores...

UBUNTU
 
A jornalista e filosofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela  contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
 
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
 
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...


Marcelo Carvalho

2 comentários:

Carlos Lages disse...

Muita boa a postagem e realmente a filosofia Ubuntu nos têm muito a ensinar. Precisamos desse espírito de comunidade para transformar o mundo.

Marcelo Carvalho disse...

Valeu Carlos, obrigado pela visita.

Um abraço,

Marcelo Carvalho