quinta-feira, 23 de junho de 2011

O muro e a violência

Esta semana conversei com alguns professores, uns meus amigos. Eles falavam das dificuldades em exercer a profissão. Reclamam, com razão, da falta de apoio, de infraestrutura, de valorização etc.

Concordo com os argumentos deles, mas fico sem saber o que dizer, ao saber de algumas práticas adotadas por alguns colegas de profissão, como forma de oposição a esta realidade, como retaliação, como ato deliberado, consciente. 
Falo da postura de não ministrar as aulas, de não cumprir os horários, de não adotar a avaliação processual, de limitar o tempo do aluno em resolver a prova...

Considero estas posturas inadequadas, uma forma de violência, pois acabam vitimando os próprios alunos que já são vítimas de uma sociedade elitista e excludente.

E por falar em violência, hoje assisti na TV que a Escola Eneida de Moraes (Ananindeua) foi asslatada. Na entrevista a diretora queixava-se da "cerca" da escola (alambrado) e solicitava um muro. No site da SEDUC leio que na Escola Lucy Corrêa, o Secretário Adjunto de Logística, José Croelhas, em reunião com o Grêmio Estudantil e o Conselho Escolar decidiram construir uma antiga reivindicação da comunidade escolar, a elevação do muro da escola.

Não sou especialista em segurança pública, mas tenho certeza que muro algum será capaz de impedir a ocorrência de casos de assaltos ou outras formas de violência, pois se o muro fosse suficiente diria que moro em uma fortaleza, algo mais falso que uma nota de R$3,00

Imagem: google





Marcelo Carvalho

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