sábado, 1 de setembro de 2012

Dia da Raça?

A raça é um conceito que obedece diversos parâmetros para classificar diferentes populações de uma mesma espécie biológica de acordo com suas características genéticas ou fenotípicas; é comum falar-se das raças de cães ou de outros animais.

A antropologia, entre os séculos XVII e XX, usou igualmente várias classificações de grupos humanos no que é conhecido como "raças humanas" mas, desde que se utilizaram os métodos genéticos para estudar populações humanas, essas classificações e o próprio conceito de "raças humanas" deixaram de ser utilizados, persistindo o uso do termo apenas na política, quando se pede "igualdade racial" ou na legislação quando se fala em "preconceito de raça", como a lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010, que instituiu, no Brasil, o “Estatuto da Igualdade Racial”. Um conceito alternativo e sinônimo é o de "etnia".

A ciência já demonstrou através do Projeto Genoma que o conceito de raça não pode realmente ser utilizado por não existirem genes raciais na espécie humana, isto corrobora com teses anteriores que indicavam a inexistência de isolamenWikipédiato genético dentre as populações. Raça na espécie humana é um conceito social, não é conceito científico.

Fonte: Wikipédia

Esta introdução é para afirmar a inadequação ao uso do conceito de raça aos seres humanos, o texto evidencia que não existem raças humanas, a ciência já provou esta tese.

O conceito pode ser utilizado sociologicamente e politicamente, como indicado no texto. A lei de cotas nas universidades públicas, é mais um exemplo deste uso. Assim, o conceito político de raça sustenta a adoção de ações afirmativas para a população afrodescendente e indígena.

E por que escrevo sobre isso?

Por que esta semana será realizado mais uma vez o desfile do dia da Raça, promovido pela SEDUC.

O desfile já meio fora de moda, poderia ser repensado, tanto em sua forma, quanto no conteúdo. A forma é militarizada, provavelmente inspirada nos anos da ditadura militar, deveria dar lugar a desfiles coreografados, explorando ritmos regionais.

O conteúdo deve mudar, iniciando pelo nome do desfile, em vez do dia da Raça quem sabe dia da Tolerância! Dia da Afirmação da Dignidade Humana!

Marcelo Carvalho

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