sábado, 22 de outubro de 2011

A greve continua, confira a agenda

Na Assembleia Geral realizada nesta sexta-feira (21) na Praça do Operário, foi apresentada à categoria a proposta “vergonhosa” feita pelo Governo do Estado, na reunião de conciliação, ocorrida na última quarta-feira (19).

A audiência de conciliação foi mediada pelo juiz Elder Lisboa, e os representantes do governo, os secretários Nilson Pinto e Alice Viana, propuseram pagar a complementação do Piso em 24 meses. Ou seja, R$ 69,00 seriam pagos em dois anos, algo em torno de R$2,87 por mês.

Vale lembrar que em janeiro de 2012 o Piso Salarial dos Professores, segundo previsão dos especialistas, será de R$1450,86, fato que faria a divida do governo com a categoria aumentar.

Aceitar a proposta apresentada pelo governo seria objetivamente abrir mão do Piso atual e também do valor do Piso previsto para 2012.

Lamentar e lutar são as alternativas da categoria. O lamento foi expresso em forma de revolta e a luta estruturada em uma nova agenda de manifestações para a próxima semana.

A revolta dos professores aumentou em muito nos últimos dias, pois além de não cumprir a lei e a decisão do STF, o governo do estado também promoveu descontos nos salários de alguns professores em razão da greve, ato ilegal, segundo as palavras do juiz Elder Lisboa.

Cabe agora aos professores manterem-se firmes na luta e ao sindicato cobrar perante a justiça ação reparadora que determine a devolução dos valores descontados indevidamente e ainda cobrar que a justiça decrete a devida punição ao governo, punição dupla: pela não observância da determinação do STF e pelo desconto abusivo nos salários dos professores.

Para finalizar e inspirar o judiciário paraense relembro as palavras dos Ministros do STF durante a votação que consagrou o Piso Salarial dos Professores constitucional:
O Ministro Joaquim Barbosa em seu voto declarou:
“Não me comove, não me sensibiliza nem um pouco argumentos de ordens orçamentárias. O que me sensibiliza é a questão da desigualdade intrínseca que está envolvida. Duvido que não haja um grande número de categorias de servidores, que não esta, que tenha rendimentos de pelo menos 10, 12, até 15 vezes mais que esse piso”.
O Ministro Celso de Mello exclamou:
Sou filho de professores. Vivi sempre nesse ambiente. E tenho acompanhado, desde então, essa jornada terrível que os professores da rede escolar enfrentam, sempre sendo marginalizados no processo de conquistas sociais”.
Marcelo Carvalho
Agenda de luta

Um comentário:

EMANUEL M. disse...

Eu não negocio com burro velho empacado: GREVE GERAL NELE!!!!! Aqui no município onde atuo, o Prefeito já está pagando antes mesmo do STF ter determinado. Outra coisa, ele reconhecendo que tem verba de sobra já vai enviar à Câmara Municipal O nosso PCCR PARA ALTERAÇÃO propondo aumento da gratificação de nível superior:COMO O ESTADO NÃO PODE PAGAR O PISO, FALA SÉRIO !!!! É MENTIRA! TEM VERBA SIM !!!!