terça-feira, 22 de março de 2011

Professores recém-concursados desistem de ensinar...

Professor "novato" desiste de aulas na rede estadual de SP

21/03/2011 - 03h30

Editoria de arte/Folhapress

Professores recém-concursados desistem de ensinar na rede estadual de São Paulo. Entre as principais reclamações estão falta de condições de trabalho (salas lotadas, por exemplo), desinteresse de alunos e baixos salários, informa a reportagem de Fábio Takahashi publicada na edição desta segunda-feira da Folha.
Edson Rodrigues da Silva, 31, formado na USP, foi aprovado ano passado no concurso público da rede estadual para ensinar matemática. Passou quatro meses no curso preparatório obrigatório do Estado para começar a lecionar neste ano no ABC paulista. Ao final do primeiro dia de aula, desistiu.
"Vi que não teria condições de ensinar. Só uma aluna prestou atenção, vários falavam ao celular. E tive de ajudar uma professora a trocar dois pneus do carro, furados pelos estudantes. Se continuasse, iria entrar em depressão. Não vale passar por isso para ganhar R$ 1.000 por 20 horas na semana."
Até a última sexta-feira (18), 60 professores já haviam finalizado o processo de exoneração, a pedido, média de mais de dois por dia letivo.
A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) diz ser normal o número de desistências, considerando a quantidade de efetivações (9.30). No entanto, os educadores discordam.
Para a coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Maria Marcia Malavasi, "o cenário é triste; especialmente na periferia, os professores encontraram escolas sem estrutura, profissionais mal pagos, amedrontados e desrespeitados." 


Outra reportagem revela mais sobre a gestão da educação em São Paulo:

De cada 10 escolas, 3 não terão grana do bônus em 2011

19/03/2011

Carol Rocha e Cristiane Gercina do Agora
 
Menos escolas estaduais receberão o Bônus da Educação neste ano. De cada dez unidades, três não terão o benefício porque não atingiram as metas propostas no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) em 2010.
Além disso, como caiu o desempenho dos alunos do 9º ano do ensino fundamental (de 2,84 para 2,52 entre 2009 e 2010) e do 3º ano do ensino médio (de 1,98 para 1,81) no Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), a grana de quem trabalha nesses ciclos também será menor.
Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Educação. A bonificação será paga no próximo dia 31, conforme afirmou o governador Geraldo Alckmin em entrevista exclusiva ao Agora. Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda, o pagamento será feito por folha suplementar.

Fonte: Jornal Agora

Mais...

Piora o desempenho de estudantes em português

19/03/2011

Caio do Valle do Agora
 
Piorou o desempenho dos alunos do 3º ano do ensino médio da rede estadual em língua portuguesa no ano passado, mostram os resultados do Saresp (avaliação do governo estadual) divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Educação.
No comparativo com 2009, a queda foi de 8,9 pontos, passando de 274,6 para 265,7 --a avaliação vai de 0 a 500. Estudantes do 9º ano do ensino fundamental também apresentaram recuo na disciplina: a pontuação deles caiu de 236,3 para 229,2 pontos.
A tendência de retração nos índices é verificada em quatro das seis pontuações divulgadas pelo governo. Além disso, no caso dos estudantes do 3º ano do ensino médio, cresceu o percentual dos que tiveram desempenho considerado "insuficiente" em conhecimentos de português --os que estão nesse nível subiram de 29,5% há dois anos para 37,9% agora.

Fonte: Jornal Agora


Marcelo Carvalho

2 comentários:

Emanuel disse...

Governo "tucano" significa atraso para o Brasil. O fato desse tipo de governante se eleger, revela a ignorância de nosso povo. Esse sistema educacional "deles" reforça essa alienação na qual o povo mergulha em época de eleições, ludibriados pelos falsos discursos desenvolvimentistas desses destruidores do futuro da nação.

Marcelo Carvalho disse...

Emanuel,

Os professores da rede estadual do Pará devem ficar vigilantes e recusar esta receita que comprovadamente não foi aprovada em São Paulo.

Um abraço,

Marcelo Carvalho