Alguns leitores do blog já sabem que atualemte estou cursando mestrado em Ciências Ambientais, este fato explica a alteração no título e no visual do blog. Agora ele se chama Mídias, Educação e Meio Ambiente e também foi por este motivo que ele ficou verde.
A proposta de pesquisa que estou elaborando é na área da educação ambiental, mais precisamente na gestão dos resíduos sólidos, com foco centrado nas cooperativas dos catadores.
Ontem a Globo exibiu uma reportagem sobre um filme que retrata parte do cotidiano dos catadores, achei a matéria interessante e resolvi publicar aqui no blog.
Assista o vídeo:
Leia o texto da repostagem do Bom Dia Brasil:
O filme que pode dar ao Brasil o Oscar de Melhor Documentário foi rodado entre montanhas de lixo na periferia do Rio; Nova York, onde fica o estúdio do artista plástico Vik Muniz; e Londres, onde aconteceu um leilão que confirmou a mudança de vida de catadores, como Tião dos Santos, presidente da Associação de Catadores de Gramacho, que trabalha no lixão carioca desde os 11 anos.
“De repente, casa de leilão, em Londres. Foi muito emocionante, uma cena que ainda me emociona muito no filme, coisa do leilão, tem que vender. Vender, tanto, tanto. Expectativa de bater o martelo, quando bateu o martelo vontade de chorar”, conta.
Vinte e oito mil libras, na época quase R$ 100 mil: foi o preço alcançado pela obra de arte feita de detritos recolhidos pelos homens e mulheres humildes que são as estrelas do filme “Lixo Extraordinário”.
Não há estatísticas oficiais, mas estima-se que cerca de cinco mil catadores trabalhem no Lixão de Gramacho e que 15 mil pessoas sobrevivam de atividades relacionadas a ele.
O documentário foi gravado ao longo de dois anos em um dos maiores aterros sanitários do mundo. O filme teve três diretores que se alternaram. Todos se sentiram profundamente transformados pelo que viram e testemunharam em Jardim Gramacho.
“Eles trabalham em um lugar absolutamente desumano e hostil. E eles têm uma força para superar aqui todos os dias. Isso é surpreendente. Para mim, foi muito gratificante”, conta a co-diretora do documentário, Karen Harley.
O filme conta a trajetória do lixo no aterro, até se tornar arte pelas mãos de Vik Muniz. Ele foi o artista responsável pela abertura da novela Passione.
"Lixo Extraordinário" já ganhou 18 prêmios internacionais, inclusive nos Estados Unidos; e três nacionais. Quem vê o filme, sai do cinema emocionado.
E se vier a ganhar o Oscar? “Seria muito bom para dar visibilidade à causa dos catadores”, diz Karen.
Marcelo Carvalho
Um comentário:
Exílio
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Gonçalves Dias
Marcelo, teu blogue ficou verde e muito mais bonito.
Visito outros blogues - que ajudamos a criar, e os encontro semelhantes a órfãos abandonados.
O que houve? Estão tão sós.
E como se suas almas tivessem sido arrancadas dos corpos.
São Jardim sem rosas, namoro sem beijos, circo sem palhaços, meninos sem carrinhos, noite sem luar, laboratório sem Linux.
Parece que está voltando a solidão, a mesmice que tanto combatemos...
A vida é a arte da repetição...
Repetimos os erros, as festas de aniversários, o amor e a infelicidade.
Repetimos os textos, que escrevemos tão convictos que eram únicos e originais.
Repetimos as roupas, os amores, as orações.
Repetimos os mantras, as promessas, os sonhos e a solidão.
Parece que a vida é um eterno repetisse.
Nesta noite, sozinho, eu revivo a mesma sensação de impotência.
Impotência, diante de Deus, que tu temas em não acreditar. Impotência diante do blogue, esse ser que me enfeitiçou e me fez tantas vezes sonhar.
Repito as palavras, expressões.
Repito tantos argumentos, que não cabe em um coração.
Coração envelhecido, de um homem que olha para vida e vê o presente atordoado se transfigurar em passado...
Sou o exílio.
Um ser apartado das coisas que mais amou.
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